Férias, praia e sol. Nesta época do ano, muita gente dá uma escapada para o mar - quem dera a tradição de pular sete ondinhas fosse tão comum quanto a de coletar plástico do oceano.

Como moradora de uma ilha que recebe muitos turistas, fica claro que mais humanos significam mais lixo, tanto em terra quanto no mar. Não quero nem questionar as fotos das festas de virada do ano que sempre circulam por aí nos dias seguintes - afinal, é assim depois de qualquer show ou festival, e podemos fingir que "estava todo mundo com álcool na cabeça e fora de seu melhor juízo". Não, o que me assombra mesmo é o dia a dia, como quem está "curtindo uma praia" não para por dois minutos a diversão para coletar algum plástico do mar ou da areia. Normalizamos a poluição.

E quando todo mundo vai embora, quem cuida dos paraísos onde tantos passam férias? Não dá mais para achar que estes espaços são especiais por serem intocados - a PEC das Praias está aí para mostrar que não há praia deserta longe dos olhos de um sistema que quer privatizar tudo.

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