O mandato de Marcelo acabou e ninguém sabia. Foi uma espécie de morte política assistida, mas sem comunicado nem lágrimas. O Presidente da República — esse mesmo, outrora sinónimo de omnipresença e afecto institucional — evaporou-se em silêncio, como uma vela que se apaga sozinha numa capela vazia. E eis que, ironia do destino ou génio do argumento, foi preciso um verdadeiro apagão para nos darmos conta de que também o Presidente já não acende.

Na noite em que o país mergulhou numa escuridão literal — a luz cortada, o Estado paralisado, e os cidadãos em........

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