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Vamos ganhar juízo, vamos?

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24.05.2025

Há coisa de um ano, escrevi um artigo, publicado no Observador, em que defendia que a AD devia fazer um acordo de incidência parlamentar com o Chega. Fazia todo o sentido: o Chega estava disponível para negociar, e tinha número de deputados suficientes para garantir estabilidade governativa, juntamente com a AD. No entanto, Luís Montenegro decidiu manter o seu “Não é não”. O Chega foi afastado – e, em abono da verdade, também se afastou – de qualquer responsabilidade política pelos rumos da governação. A AD escolheu o PS, o partido que tinha feito de tudo para destruir o PSD, e que atraiçoou todos os costumes constitucionais quando se aliou à esquerda bolchevique, em 2015, como parceiro preferencial.

Passado um ano, que lições podemos retirar das escolhas de Luís Montenegro e da AD? Essencialmente duas. Em primeiro lugar, que o PS é tudo menos um parceiro oficioso estável. É um partido que tem a arrogância de exigir dos outros o que não exige de si mesmo – moderação, institucionalismo, e capacidade de diálogo. Mais: é um partido que não sabe viver fora do poder, que acredita piamente que tem um mandato divino para orientar os destinos do país, preferencialmente sozinho e em permanência. Por isso mesmo,........

© Observador