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O Matuto e o Português Suave

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10.06.2025

O Matuto tem um livro novo. É o livro do sociólogo Brasileiro Gilberto Freyre: “Casa Grande e Senzala”. (edição de luxo com gravuras e mapas) Livro sublime e luminoso, onde Freyre defende, com sucesso, que a mestiçagem não causa nenhuma “degeneração”. Muito pelo contrário, o resultado é positivo, como prova a existência belíssima do Povo Brasileiro. Ao arrepio das modas antropológicas marxistas, Freyre afirma que o Brasil colonial gerou uma sociedade responsável por integrar Africanos, Índios e brancos, e que formou uma raça mais forte, mais intelectualmente capaz, e com uma cultura mais elaborada. Sobre o colonizador Português diz ele que é do tipo “contemporizador”. Não é “nem de ideias absolutas nem preconceitos inflexíveis… tendente à miscigenação e ao contacto voluptuoso com a mulher exótica. O Português tem uma plasticidade social, maior no Português que em qualquer outro colonizador europeu”. O Matuto concorda: o Português sempre teve um toque suave. Até na colonização. O Matuto sente-se contemporizador. No plano social, é totalmente plástico.........

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