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Crónicas de Lisboa: Meu Filho, Meu Tesouro

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31.05.2025

Quando caminhamos, pelas ruas, dominados pelos nossos sentimentos e problemas, normalmente com a cabeça baixa, nem nos damos conta dos dramas de muitos com quem nos cruzamos, mas, se mais libertos dos nossos “egocentrismos”, podermos olhar no rosto dos transeuntes com quem nos cruzamos e tentarmos “ler” o que lhe vai na alma” de cada um de nós, que pode ser de felicidade ou tristeza, de angústias ou reflexo dos problemas que as afligem.

Por mim, e porque me apaixonei pela Psicossociologia, essa parente pobre das ciências (sociais,), essa perceção das emoções e sentimentos, dizia eu, é feita sem qualquer sentido de “voyeurismo”, mas apenas porque gosto de observar as pessoas e tentar ler o seu “estado de alma” que, mesmo pela observação, não é assim tão difícil de se conseguir. Não destaco, no meu interesse de observação, qualquer faixa etária em especial, porque cada uma tem o seu interesse psicossociológico de observação.

Da pureza e ingenuidade das crianças, do desabrochar dos adolescentes, da maioridade ou maturidade dos jovens adultos, até aos idosos, são todos do meu interesse de observação. Mas nem tudo são rosas, porque a “ruindade” é, muitas vezes, detetada à vista desarmada, isto é, pela simples observação, ou então cruzarmo-nos com um deficiente e, neste caso é como se a nossa alma fosse trespassada por um punhal e nos provoca uma enorme dor, sentimento esse atenuado ao olharmos em redor e darmos graças a Deus, ao Deus de cada um e eu tenho o meu, por termos sido bafejados pela sorte de, pelos menos, não termos enfermidades graves, embora possamos esconder as nossas doenças. Tocam-me, bem fundo, no coração e na alma, muitos dos casos dramáticos que observamos ou nos são mostrados pelos “medias” e deixam-nos confusos e ousamos perguntar a Deus, porquê, ainda mais quando as vítimas são crianças!

Há........

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