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 Os arrumadores do Chega 

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31.05.2025

Ao fim de seis anos, o Chega tem o segundo maior grupo parlamentar na Assembleia da República e a oligarquia, coçando muito a cabeça, parece não saber onde lhe convém arrumá-lo. Até há pouco tempo, o Chega era o “fascismo”, a prova de que uma parte da sociedade portuguesa não acredita na morte de Salazar. Em versão mais recente, já não é a manifestação do “fascismo”, mas do contrário, o “comunismo”: um meio de protesto dos pobres que a esquerda patrocinava, mas que trocou pelas “minorias” do wokismo.

Nenhuma destas teorias faz sentido. O salazarismo, a que os comunistas chamam “fascismo”, morreu com o 25 de Abril. Perante o PREC em 1974-1975 e a ordem socialista sob tutela militar em 1976-1982, a direita política identificou-se com a causa da democracia liberal. Ora, é dessa direita, do PSD e do CDS, que vêm os dirigentes do Chega. Não por acaso, quando se tentam dar um passado, citam Francisco Sá Carneiro. É algo que distingue o........

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