Os sete pecados da Reforma da Administração Pública
Reformar a Administração Pública não é apenas urgente: é existencial. O país arrasta uma máquina pesada, cara e lenta, que consome recursos colossais e, acima de tudo, trava o desenvolvimento do país. Após a entrevista à RTP do Ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, fica claro que o Governo decidiu atacar o problema com uma estratégia que, em vez de corrigir vícios antigos, arrisca criar outros novos (ou novas variantes de antigos?).
A reforma da Administração Pública parece estar refém de uma antiga catequese pois os sete pecados são (mesmo) capitais e pouco farão por quem mais devia servir: os cidadãos. Mas o que impressiona mais nesta lista é a “luxúria política” de tentar agradar a todos ao mesmo tempo, sendo precisamente aí que qualquer reforma, seja ela qual for, se perde.
Primeiro pecado: a criação de uma equipa externa e de um ministério independente que pretende ditar aos outros ministérios o que fazer. A........
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