A coragem de ter ambição
Vivemos num país onde sempre que alguém tem a coragem de decidir e agir em nome da concretização da ambição nacional, logo aparecem os “Velhos do Restelo” que há séculos tentam puxar Portugal para trás. A figura criada por Luís de Camões em “Os Lusíadas”, há mais de 450 anos, continua hoje a tentar produzir o mesmo fim: parar, travar, atrasar a evolução, a conquista de novo conhecimento e do desenvolvimento. O conformismo, o nada fazer, não são – como felizmente não foram – solução.
Não precisamos de ir longe na nossa memória coletiva para recordar exemplos disto mesmo: a construção do aeroporto de Lisboa, a construção de Alqueva, a EXPO 98, a Ponte Vasco da Gama, o TGV. Qualquer destes investimentos, importantes e estruturais para o país, trouxeram a “ressurreição” do “Velho do Restelo”, que teima em não abandonar o nosso país. O que distingue alguns destes projetos de outros que cederam ao “agoiro” dos Velhos? A coragem de quem, em certo momento da nossa história, tomou a decisão e concretizou o caminho. Os que avançaram foram fruto da coragem de políticos com ambição. Os que sucumbiram, ou se têm arrastado no tempo, não tiveram a mesma “sorte”. Perdemos........
© Observador
