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Em política “o que parece é”...

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14.03.2025

Ao longo dos anos, Portugal tem sido palco de diversos escândalos políticos envolvendo corrupção e tráfico de influências entre governantes e empresas privadas, a que nem o próprio Presidente da República escapa. Vários casos tornaram-se emblemáticos, levantando questões de fundo sobre a ética na política e o respetivo impacto da sua ausência na confiança dos cidadãos nas instituições democráticas.

Um dos casos mais mediáticos foi o do ex-primeiro-ministro José Sócrates, envolvido na «Operação Marquês». Aquele socialista foi acusado de receber milhões de euros em subornos através de uma teia que envolvia empresários e contratos públicos, utilizando contas bancárias de terceiros para ocultar os fundos. Empresas como o Grupo Lena, por exemplo, foram referidas como intermediárias em tamanho esquema de corrupção.

Outro caso que gerou grande repercussão foi o de Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, acusado de receber pagamentos ilícitos do Grupo Espírito Santo enquanto ocupava um cargo governamental. Manuel Pinho terá recebido remunerações enquanto tomava decisões que beneficiavam a empresa, criando um claro conflito de interesses.

Mas se sairmos de Portugal e atravessarmos a fronteira, e compararmos com os diversos escândalos de corrupção envolvendo políticos e empresários espanhóis, dir-se-á que ainda somos pequenos nos esquemas de corrupção, apesar dos magros dez pontos que separam ambos os países no Índice de Perceção da Corrupção (2024).

Embora os esquemas........

© Observador