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O aeroporto (e o papel higiénico) como metáfora

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05.05.2025

Não é preciso vir de Singapura ou do Qatar para achar a Portela sofrível. Nem é preciso sequer vir do chamado primeiro mundo. Chega vir do segundo, e às vezes até do terceiro, onde há aeroportos que podem ter menos luzes, menos freeshops, menos marcas, menos espaços de restauração apinocados, mas – para já não falar nas filas da imigração – conseguem que as pessoas que por lá circulam caibam (nas partidas e nas chegadas) com algum espaço vital entre elas, e também conseguem entregar as malas em dois ou três quartos de hora (vá lá, para não ser muito exigente). Por cá, isto não acontece, e, para fazer jus aos enlatados portugueses que se tornaram brand e à lentidão que é precisa para produzir um bom pastel de nata, andamos como sardinha em lata e, quanto a bagagem, esperamos pelo menos o tempo que a massa leva a levedar. Mas tudo está bem, quando acaba bem, e depois o país é........

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