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Pró-vida ou pró-nascimento?

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10.06.2025

Era fevereiro de 2024 e Paulo Núncio - vice-presidente do CDS, que na altura tentava reentrar no Parlamento às cavalitas do PSD - defendia iniciativas para "limitar o acesso ao aborto", sugerindo um novo referendo para inverter uma lei que dizia "profundamente iníqua" (portanto: injusta, perversa, má). Orgulhosamente, ainda se gabou de a coligação PSD/CDS de 2015 ter sido "dos primeiros Governos do mundo" a tomar medidas para "dificultar" a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Nuno Melo apressou-se a dizer que Núncio não disse o que disse e Luís Montenegro desvinculou-se, garantindo que o aborto era um assunto "absolutamente arrumado". Argumento que serviu, por outro lado, para chumbar, no início deste ano, todas as propostas da Esquerda e centro-esquerda que visavam a aproximação da realidade portuguesa à europeia (como o alargamento do prazo legal da IVG, a eliminação de barreiras como o período de reflexão ou a regulamentação da........

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