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Prémio Laranja Amarga para a promiscuidade entre gestão portuária e esperteza partidária autárquica

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As eleições autárquicas são a grande festa da democracia na qual são eleitos mais de 35 mil presidentes de câmara ou de junta, vereadores e membros de assembleias municipais ou de freguesia. Um partido que concorra aos 308 municípios e às mais de três mil freguesias tem de mobilizar, entre efetivos e suplentes, mais de 40 mil candidatos. As listas foram apresentadas nos tribunais até ontem e deveremos ter entre 200 a 250 mil candidatos numa festa da participação cívica sem paralelo em eleições legislativas ou presidenciais.

A experiência da gestão local tem o encanto e desafio da proximidade e a realização pessoal de ver resolvidos problemas concretos das pessoas com que os autarcas se cruzam todos os dias nas ruas e de quem ouvem os protestos e queixumes em registo direto.

Os resultados têm simultaneamente uma leitura política nacional, consequências na saúde partidária e uma dimensão local em que o reconhecimento dos candidatos e o desempenho dos incumbentes têm um papel fundamental. Daí dizer-se que não é fácil derrotar autarcas em funções, daí também a importância para o arejamento democrático que representou a lei da limitação de mandatos.

Se a personalidade dos candidatos pode ser determinante em pequenas localidades surpreende que mesmo nas grandes cidades os eleitores reconheçam as diferenças e distingam entre os três boletins de voto........

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