Assistentes sociais: reparar as fissuras de um modelo económico que exclui
Vivemos tempos marcados por desigualdades profundas e por crises sociais sucessivas — da habitação à pobreza energética, do envelhecimento da população ao aumento da precariedade laboral. Neste contexto, o papel dos assistentes sociais deveria ser reconhecido como absolutamente central. Mas a verdade é outra: em Portugal, esta profissão continua a ser desvalorizada, invisível e, muitas vezes, mal compreendida pela sociedade.
Os assistentes sociais lidam diariamente com as consequências mais cruas da desigualdade. São eles e elas que acompanham famílias sem rendimentos, idosos abandonados, vítimas de violência doméstica, crianças em risco, pessoas migrantes sem apoio, jovens institucionalizados. Fazem-no, muitas vezes, em condições de trabalho precárias, com © PÚBLICO
