Manifesto Anti-Jonets
Basta! Uma geração que consente deixar-se representar por um Jonet é uma geração que nunca foi! É aqui que termina a minha paráfrase de Almada-Negreiros, porque não quero perder a seriedade que este momento exige. Este texto não é sobre o Jonet e os “Jonets” que infestam as televisões, qual peste negra do bom-senso. Este texto é sobre Charlie Kirk.
Charlie Kirk tinha 31 anos, era casado, tinha dois filhos, era cristão e conservador, e dedicava a sua vida a defender uma ideia, que considerava indispensável para a sobrevivência da democracia: a liberdade de expressão. Não recusava debater nenhuma pessoa, nem nenhuma ideia e acreditava profundamente que o momento em que as pessoas deixassem de falar umas com as outras sobre as coisas que importam, seria o momento em que a violência iria tomar o lugar do discurso. Foi assassinado enquanto falava para mais de 3.000 pessoas numa universidade no estado do Utah, em mais um grosseiro acto de terrorismo político.
Numa democracia saudável, equipada de um jornalismo digno, a natureza deste acto horrendo mereceria apenas uma reacção de condenação e simpatia. No entanto, já passaram os anos em que tivemos algo parecido com essa utopia. Ainda o corpo de........
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