A flotilha da boa intenção e a conta do contribuinte
Vamos por partes. Parece que Mariana Mortágua ficou chateada. O ministro dos Negócios Estrangeiros, em nome dos contribuintes portugueses, adiantou o dinheiro para o regresso da deputada do Bloco de Esquerda e dos restantes ativistas da flotilha humanitária intercetada pela marinha israelita a caminho de Gaza.
Dito de outro modo: o Estado pagou a viagem de volta — e agora quer ser reembolsado. Escândalo? Não propriamente. Aparentemente, muitos se esquecem de um princípio básico da economia pública: o Estado não tem dinheiro. O Estado somos nós.
O dinheiro que o Governo usou para repatriar os ativistas não veio de uma conta secreta escondida no Terreiro do Paço. Veio dos bolsos de cada contribuinte português — dos mesmos que pagam impostos sobre o trabalho, sobre a habitação e sobre o pão. Por isso, quando o ministro Paulo Rangel informou que o Estado apenas adiantou o custo logístico e que os envolvidos deverão reembolsar integralmente o valor, fez o........





















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