As legislativas anuais de 2026
O voto é livre e expresso de forma individual. Os eleitores, quando entram na urna, não sabem como vai votar o vizinho do lado e, muito menos, o país coletivamente. Logo, não votam em maiorias. Votam, simplesmente, num partido. Ou, mais do que isso, num líder. Votam, acima de tudo, em perceções: quem acham que é mais capaz, que os defende melhor ou que lhes trará uma vida melhor.
As eleições de 18 de maio trazem uma circunstância quase única: no espaço de um ano enfrentam-se os mesmíssimos líderes partidários. A grande diferença é que um deles é agora primeiro-ministro e, isso, à partida traz-lhe uma vantagem (até porque teve uma política de aumento de rendimentos). Ao mesmo tempo foi o caso Spinumviva que desencadeou este ato eleitoral e isso, à partida, anula-lhe a vantagem.
Volvido um ano, o mais provável é que quem votou em Montenegro, volte a fazê-lo. Quem votou em Pedro Nuno Santos, idem. O grande quinhão eleitoral seria, então, o Chega. Uma quebra de André Ventura poderia levar a AD e os liberais a crescer no espaço não-socialista e, quem sabe, chegar à tão ambicionada maioria. Mas não........
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