Sou um dos co-autores da petição sobre os jacarandás da Av. 5 de Outubro e venho por este meio exercer o meu direito de resposta ao artigo de Helena Matos, intitulado “A Activista das Avenidas”, do dia 6 de Abril de 2025. Nesse artigo, a autora expressou a sua “irritação” com o “poder” que nós, os “activistas”, temos tido, e com o “terror” que inspirámos em Carlos Moedas e no seu executivo. Começo então com um sincero pedido de desculpas. A nossa intenção, como o leitor deverá imaginar, nunca foi irritar, “ter poder” ou inspirar terror.

A nossa intenção era e é, como o próprio texto da petição deixa claro, que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) dê explicações sobre esta sua operação de remoção de árvores e sobre o projecto que está na sua origem: o parque de estacionamento “público” de Entrecampos (PEPE). Essas explicações nunca foram dadas cabalmente, nem em conferência de imprensa, nem em comunicado, nem numa sessão pública de “esclarecimento” que teve lugar no dia 2 de Abril e que durou 7h. Nessa reunião participaram mais de 400 cidadãos.

Fica então complicado dizer quem é, afinal, “a activista das avenidas”. É que nessa sessão pública apareceram pessoas de todos os tipos: jovens que assumiram vir “das barracas” de Alvalade (sim, não há só ricos em Alvadade) e que estão fartos de ver cada vez mais carros na cidade a bloquear a passagem dos transportes........

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