Braga hoje: uma radiografia sem filtros
X Passeios transformados em pistas de obstáculos e ruas aos remendos.
X Mobilidade caótica — transportes públicos insuficientes, MetroBus adiado, trânsito insuportável.
X Árvores tratadas como entulho, e o Parque das Sete Fontes reduzido a miragem.
X Habitação inacessível, bairros partidos e sem planeamento.
X Uma cidade que perde centralidade política e onde a terceira maior cidade do país desempenha papel de figurante mal pago.
E, mais grave ainda: uma cidade governada com sobranceria, onde a falta de cultura democrática se revela na forma como se responde — ou não se responde — a cidadãos, professores e associações. Recordo aqui, Sr. presidente, a sua frase quando o questionei em público, ontem, dia 22, sobre os doze anos em que não tinha feito uma obra de raiz: “É professor e, em respeito por quem um dia tenha o azar de ser seu aluno, devia evitar expor-se ao ridículo.”. O tratamento que recebi nesse momento — e o azar que recai até sobre os meus alunos quando tentam ser parte ativa da vida cívica — não é apenas má educação pessoal: é um desprezo enraizado pelo contraditório e pelo debate.
As promessas por cumprir — três mandatos de “depois logo se vê”
2013
Auditoria às contas da gestão anterior: revelou um “buraco escondido” de 113 milhões e um passivo de 252 milhões. Mas onde ficou a prometida transparência contínua? O diagnóstico serviu de arma política, não de base para uma mudança estrutural.
2017
Requalificação do espaço público: ruas, passeios, limpeza urbana. Prometido, repetido, mas continua a ser dor de cabeça quotidiana.
Mais habitação e planeamento urbano: em vez de bairros vivos e integrados, multiplicaram-se supermercados de chapa ladeados por parques de asfalto.
2021
Parque Eco-Monumental das Sete Fontes: bandeira anunciada há década, continua sem se concretizar.
MetroBus / rede moderna de mobilidade: atrasado, desperdiçando fundos do PRR e a paciência dos........
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