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‘Vem ver’: um novo Pentecostes

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15.06.2025

Nos dias 7 e 8 de Junho, em Roma, teve lugar o Jubileu dos Movimentos e Associações, com a presença do Papa Leão XIV. No último dia do mês de Maio, festa da Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel, ocorreu no Jardim do Estoril o “Vem Ver”, a celebração do Jubileu na Igreja de Lisboa.

Uma gozosa realidade eclesial do final do segundo e princípios do terceiro milénios da era cristã é a abundância de Movimentos que, na multiplicidade dos seus carismas, oferecem aos leigos novos caminhos de santificação pessoal e de apostolado.

Depois do Concílio Vaticano II, muitas instituições religiosas sofreram um acentuado declínio, não apenas pela saída de muitos dos seus membros, mas também pela falta de vocações. A actualização, ou seja, o aggiornamento proposto pelo Concílio, significou, para algumas instituições eclesiais, uma grave crise, não só pela perda da sua identidade religiosa, nomeadamente pelo abandono do hábito, mas também por um tipo de vida secularizada que, em muitos casos, redundou na mundanização dessas instituições.

Foram excepção à regra do esmorecimento da vida religiosa algumas novas fundações, como a das Missionárias da Caridade, da Santa Teresa de Calcutá. Esta religiosa, que foi Prémio Nobel da Paz, sentiu um chamamento de Deus para se dedicar a um apostolado muito específico e exigente: o de cuidar dos mais pobres dos pobres. Este carisma não era absolutamente original, pois a Igreja católica sempre manifestou predileção pelos mais desfavorecidos – recorde-se, a este propósito, as Irmãzinhas dos Pobres e as Conferências de São Vicente de Paulo –, mas Teresa de Calcutá deu um novo impulso a este apostolado que, em pouco tempo, se expandiu por todo o mundo.

O século XX foi pródigo no que respeita aos novos Movimentos. Depois de um........

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