Os bons pais, aqueles que erram e que se enganam
“Quando olho para trás, acho que nas primeiras semanas depois de saber que íamos ser pais estive literalmente aos papéis. Só comecei a tomar consciência do bebé e do que ia mudar na minha vida, a meio da gravidez.” As frases são de um pai, numa consulta de família com a sua filha de oito meses ao colo e com o sorriso complacente da mãe do bebé, e é um testemunho que ouço com frequência.
Em 1909, Sonora Louise Smart Dood, filha de um ex-combatente da Guerra Civil Americana resolveu homenagear o seu pai, William Jackson Smart. Uns milénios antes, um jovem rapaz de nome Elmesu, deixa registada uma homenagem ao seu pai. O ano, 2000 a.C.; a mensagem, o desejo de saúde, felicidade e muitos anos de vida, no que terá sido um dos primeiros cartões do Dia do Pai, semelhante a tantos que hoje as crianças escrevem cheios de mensagens e desenhos de amor e ternura.
Mas qual será a importância deste dia, mais um entre tantas datas que se celebram ao longo do ano? E fará sentido pensar sobre o seu significado e sobre os desafios da paternidade em 2025?
Inequivocamente, sim.
E inequivocamente, sim, num tempo em que a saúde mental procura deixar de ser um tema escondido ou envergonhado. E inequivocamente sim, quando falar de saúde mental durante a parentalidade é um imperativo.
Um pai é um pai e não é uma mãe ou uma espécie de imitação de mãe. Nem faria sentido que fosse.
Um casal não precisa de........
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