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Ser-se conservador em tempos de libertinagem

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14.05.2025

Vivemos tempos conturbados na esfera global, tempos esses que inflamam os quadrantes mais nevrálgicos dos Estados: a política, a economia e a sociedade. As opiniões têm vindo a ser alteradas e com elas as opções tomadas, o espírito tem vindo a desvanecer face a uma conjuntura que em nada agrada àqueles que, nomeadamente, já não sabem mais que atitude tomar num mundo tão hiperbolizado em ideologias infundadas, sátiras culturais e politiquices pobres e desajustadas. No meio destes cenários, a questão que permanece é: o que se ser num mundo que não sabe o que é?

Nestes dias, tudo o que antigamente conhecíamos como certo torna-se incerto: o papel das famílias, o papel das Democracias, as políticas sociais, a paz que aparentemente não há de perdurar. Hodiernamente, não só muda o que era certo como se questiona o que é verdadeiramente esse certo que tanto se defendia: o que é uma família? Será que o sistema das Democracias resulta? Qual deve ser o papel do Estado junto das pessoas? É a guerra a nova paz?

As questões tornam-se o novo nível de caracterização e definição de comportamentos, algo que se almeja como a própria descontextualização do certo e assimilação de novos valores morais do que é incerto. Pensemos na figura do próprio Jesus Cristo, sempre no centro de vários debates, tantas e tantas vezes descontextualizado, hoje colocado como vela política das extremas: pelos idealistas de extrema direita é o Cristo que mandou erradicar quem não o segue e edificar uma nação extremamente........

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