Porque devemos votar AD? (II) – imigração regulada
Estávamos em Agosto de 2014, num mês atipicamente fresco de Norte a Sul, no qual se registaram as temperaturas mais baixas desde 2001, relativamente àquele período do ano. Acaso ou não, as baixas temperaturas não imperavam apenas no exterior: também no seio de determinadas instituições imperava um clima gélido.
Não estávamos apenas em Agosto – estávamos no auge da campanha interna do Partido Socialista que opunha António Costa e António José Seguro. Foi, muito provavelmente, umas das mais débeis campanhas políticas em termos programáticos, encoberta pelo mediatismo em torno das figuras dos candidatos e amplificada pela cobertura acrítica da comunicação social.
À época, ainda distantes de antever que o Partido Socialista viria, mais tarde, a firmar um entendimento com os restantes partidos à sua esquerda para poder governar, Vasco Pulido Valente já cunhava o termo “geringonça” – que seria mais tarde apropriado para descrever o acordo parlamentar entre o Partido Socialista, o Partido Comunista Português, o Partido Ecologista “Os Verdes” e o Bloco de Esquerda.
Apesar de apenas em Novembro de 2014 António Costa ter sido eleito Secretário-Geral do Partido Socialista, foi Agosto do mesmo ano que viria, assim, a ser o mês que ditou os contornos da década política seguinte em Portugal: António Costa e a geringonça.
Entre as diversas críticas que se podem formular à governação de António Costa, avulta uma cuja gravidade é particularmente imperdoável – a sua política de........
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