A Europa precisa da China?
A China está a mudar. Mas está a Europa disposta a mudar com ela? Novos tempos exigem novas estratégias, e o sentimento anti China poderá vir a ser um obstáculo à UE, que enfrenta ideias irracionais de Trump e divisões internas dos apoiantes de Putin. Será a China um parceiro assim tão descabido?
Pequim enfrenta uma série de desafios internos, incluindo a crise no setor imobiliário, a elevada dívida dos governos locais e a fraca procura dos consumidores. No cenário externo, a China também lida com um aumento da pressão económica dos Estados Unidos, à medida que Donald Trump intensifica tarifas sobre as importações chinesas e ameaça novas restrições aos investimentos americanos no país.
Ao mesmo tempo, a China precisa de reafirmar a sua posição global, consolidando-se como um parceiro económico e diplomático estável. A estratégia para alcançar este objetivo ficou mais clara durante o Congresso Nacional, duplamente importante por definir as diretrizes para os próximos anos e marcar o fim do 14º plano quinquenal.
Após uma semana de debates, o Congresso Nacional da China terminou com poucas medidas concretas para impulsionar a economia, mas estabeleceu um objetivo de crescimento de 5% para o próximo ano. Embora otimista, este número reflete uma ligeira descida em relação aos 5,5% do ano anterior, sinalizando uma resposta cautelosa à instabilidade dos mercados e às tarifas impostas pelos EUA.
Entre as áreas estratégicas de investimento destacam-se a Tecnologia e Inteligência Artificial. Mesmo sob as........
© Observador
