Sempre dependeram da gentileza do Estado
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, atribuído a 3 de Maio, mereceu um Voto de Saudação apresentado pelo PS à Assembleia Municipal de Lisboa. Só lhe faltava ter sido escrito em papel azul de vinte e cinco linhas, se o PS fazia questão de provar o seu atraso de vida. Em seis parágrafos, dois foram gastos a descrever e objurgar a censura do Estado Novo. E dos dois pontos votáveis da parte deliberativa, um destinava-se a felicitar o anti-fascismo. Tornou-se um partido oficialmente anacrónico. Sobre o tempo em que vivemos, o PS não tem nada a dizer.
É condição necessária que, em democracia, e até para que se possa chamar “democracia”, exista uma imprensa livre. Portugal não tem, neste capítulo, grandes lições a dar ao mundo. A imprensa passou a incluir, com força redobrada, a televisão. O que temos é uma imprensa dependente do Estado. Se pensarmos nos grandes jornais do regime e, sobretudo, nos canais televisivos de informação, o panorama é de promiscuidade pública e notória. Todos os canais televisivos vivem........
© Observador
