Desenvolver um território exige mais do que intenções. Exige estratégia, visão, realismo e foco nas pessoas. Em muitos pontos do país, vimos concelhos que deram um salto qualitativo, porque tiveram um Presidente de Câmara com uma ideia clara para o futuro. Cascais também já teve esse momento. Hoje, precisa de recuperar essa ambição colectiva e voltar a projectar-se no futuro com determinação.

Durante demasiados anos, apostou-se num modelo assente em três pilares: turismo, atração de expatriados com alto poder de compra, e receitas autárquicas centradas no IMT e no IMI. Se numa primeira fase, esse modelo trouxe resultados – melhorou a qualidade de vida, valorizou o património, atraiu investimentos em infraestruturas e deu meios para apoiar as associações locais -, nas fases seguintes estagnou e simplesmente esgotou-se. A falta de visão e de adaptação de quem tem liderado a Câmara nos últimos anos, transformou as vantagens do passado em problemas do presente – como a pressão sobre a habitação, a........

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