Orgulhosamente sós, e mal acompanhados
Como seria de prever, a administração Trump tem-nos levado a viver numa constante roleta-russa…sem trocadilho intencional! Entre a imposição de tarifas comerciais, a suspensão da participação dos Estados Unidos na Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o possível fim do Departamento de Educação, e mais recentemente, a rejeição da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a (des)ordem de acontecimentos do que parece ser um “jogo perigoso e imprevisível” não tem fim.
No campo da assistência externa, à intenção de encerramento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), seguiu-se um corte profundo no financiamento destinado às Nações Unidas, no que Trump diz fazer parte de uma revisão necessária ao cumprimento da sua política “America First”.
Previsto na Carta das Nações Unidas, todos os seus 193 membros devem contribuir para o orçamento da mesma, com valores que variam com base numa fórmula que tem em conta diversos fatores. Desde a sua criação, em 1945, os Estados Unidos têm sido o maior doador das Nações Unidas. Em 2023, o contributo norte-americano de quase 13 mil milhões de dólares, representou praticamente um quarto do financiamento do orçamento coletivo da organização.
Os EUA têm tido, assim, um papel fundamental na cooperação para o desenvolvimento e ajuda humanitária, pelo que esta mudança abrupta – mas não surpreendente – vem agora........
© Observador
