Manifesto eleitoral de um eleitor
Estamos a entrar em época eleitoral. O que significa, para nós, simples cidadãos, um período de ainda mais intenso labor. A obrigação cívica de votar, que nos é imposta pelas escrituras sagradas da nossa república (art. 46º), tem implícita a exigência de que o nosso voto1 seja informado e responsável2.
Informado sobre o quê? Por um lado, sobre a atuação das diversas forças políticas, e seus agentes, no parlamento, no governo, e na vida pública em geral. Isto já implicou, até agora, um atento acompanhamento diário dos, digamos assim, ‘trabalhos’ parlamentares. Como é obvio, isto tem-nos requerido várias horas diárias de visualização da ARTV, certamente o canal televisivo mais intensamente visionado no nosso país, para melhor perceber a assiduidade, carater, ideias, moral, políticas, tiques & zaragatas daqueles que foram por nós eleitos3 — elementos fundamentais para formação da uma decisão4 responsável.
Por outro lado, o nosso voto também deve ser informado pela análise da produção legislativa, seja governamental, seja parlamentar, dos últimos anos. Isto tem-nos obrigado, no mínimo, à leitura assídua do Diário da Ré-pública, para avaliar da qualidade de leis5 & leizinhas, regulamentos & regulamentinhos produzidos por ministros, deputados e outros barões intermédios. Dado o acima referido acompanhamento atento & próximo das sessões parlamentares e suas........
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