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Com as calças da Sidney Sweeney também sou um grande homem

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Eu sei o que é que Sidney Sweeney está a sentir. Consigo calçar os seus sapatos. (Infelizmente, de todas as peças de vestuário da actriz a que podia ter acesso, não é a que escolheria. Mas tudo bem, aceito o que me calhou em sorte). Já estive no seu lugar. Também eu protagonizei em tempos uma campanha publicitária que utilizava a homofonia para passar uma mensagem ambígua, porém comercialmente válida. Como o reclame de Sidney Sweeney, que joga com a confusão que existe em inglês entre “jeans” e “genes”, os anúncios que eu e os meus companheiros do Gato Fedorento fizemos para a PT também contavam com a semelhança fonética entre “meu” e “MEO”. “Sidney Sweeney has great jeans” é a versão fisicamente não repugnante de “o comando é MEO”.

Habilitado com esta autoridade, tenho de criticar este anúncio. É, claramente, publicidade enganosa. Devia ser feita queixa. Mas não ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Bastava à DECO.

Trata-se de publicidade enganosa, porque o anúncio insinua que Sidney Sweeney fica bem naquelas calças porque tem genes que fazem o seu rabo ficar bem em calças daquelas. Sucede que as causas que subjazem a um bom rabo são multifactorais, não se limitam à composição genética. Como se comprova pela resposta do Chat GPT à pergunta: “Os genes são suficientes para explicar um bom pandeiro?”.

Eis a resposta: “Não, não........

© Observador