menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

De joelhos

6 1
18.08.2025

Não foi preciso esperar muito. Na sequência de uma opinião consensualizada sobre o reconhecimento do Estado da Palestina − estudadamente, laboriosamente, pacientemente conseguida − o dirigente do Hamas Ghazi Hamad, numa entrevista a Al-Jazeera, de 2 de Agosto, foi claro como água: Israel tem de ser derrotado pelas armas e já o foi, uma vez que o mundo se une contra o genocídio cometido por Israel. E pergunta: “Algum país se atreveria a reconhecer o Estado da Palestina antes do 7 de Outubro?” Do lado do Hamas, tudo está a ser feito para que o reconhecimento do Estado da Palestina fique umbilicalmente ligado à violência fundadora do 7 de Outubro de 2023, violência essa que corresponde à constituição fundadora do Hamas. Nunca o grupo terrorista escondeu ao que vinha, nem fez segredo dos meios de terror que sempre considerou legítimos usar. E Ghazi Hamad prossegue na mesma linha. Tais declarações não são, pois, fruto do acaso. O reconhecimento do Estado da Palestina é o reconhecimento do Hamas e dos seus dirigentes como os seus verdadeiros fundadores.

Com precisão laboratorial, a propaganda do Hamas, devidamente articulada com a sua........

© Observador