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Quando se vai contra a vontade do mercado, perde-se mercado

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05.09.2025

A propósito do plano do governo para o sistema portuário temos discutido os montantes de investimento — comparando com os números espanhóis. Tenho dito, e repetido, que o investimento não é causa, é consequência. E é consequência de um sistema portuário que precisa de ser revisto numa lógica de planeamento/zonamento estratégico, com base num instrumento integrado no sistema de gestão territorial nacional e que suporte um investimento sustentado pelos atores (privados) dos mercados marítimo-portuários, às escalas nacional e global.

Deve fugir-se à tentação de centralismo, que não faz sentido numa economia de mercado de uma democracia consolidada, mas também obviando à irracionalidade do somatório das intenções de cada Administração Portuária que possam originar a duplicação de infraestruturas, desperdício de fundos (públicos e privados) e fugindo a uma lógica de sistema portuário nacional.

E quando se fala em sistema portuário nacional, não devem ser esquecidos os portos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, quer numa perspetiva de unidade e coesão nacional, quer face à sua localização estratégica privilegiada, naturalmente respeitando a autonomia dos Governos das Regiões Autónomas.

Três exemplos mais recentes ilustram esta ideia: Leixões, Aveiro e Sines.

Leixões. Depois de anos de discussão é finalmente aprovado o investimento de........

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