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Um médico, rosto da evidência e ciência dos afetos

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25.06.2025

Escrevi uma carta ao presidente do hospital de Santa Maria, dando conhecimento ao diretor clínico e ao diretor do serviço de doenças infeciosas. O serviço que se destacou – por exemplo – entre outros, durante a pandemia da SARS-Cov2, é o serviço do piso 4 e 5, ala sul, do edifício grande, obra de um arquiteto nazi do Hospital de Santa Maria.

Sou mais rica, sou doente (oncológica). Um dia, caí e ganhei uma rutura do menisco. Para ser operada ao joelho, descobri, e ganhei um cancro urotelial de alto grau de malignidade (que escondi até hoje, da minha mãe – ela já não consegue ler) e o resultado foi, falhados todos os tratamentos, uma cistectomia radical com reconstrução de neobexiga, raramente feito em mulheres). As infeções atropelavam-se. Umas atrás das outras e eu não tinha resistência para tanto antibiótico. Não é normal o intestino ílion ser convertido em saco que substitui a bexiga. Como eu a valorizo agora. Converti-me numa “doente” saudável, com controle neste serviço.

Sou filha de uma mãe, de fibra, mas que teimosamente, nunca seguiu conselhos sobre como melhorar o seu estilo de vida e tornou-se, um dia doente, vítima há 4 anos de AVC. Precisei da ajuda para melhorar a sua condição. Fui ao centro de referência em Portugal, o campus neurológico sénior, o CNS. Liderado por Joaquim Ferreira, e sendo privado, deveria ter uma espécie de convenção com o Estado porque ali, verdadeiramente reabilitam casos de extrema gravidade, na janela que já não era a da mãe, depois da avaliação da médica Ana Castro Caldas.

É neste contexto e já mal que levo, nesse mesmo dia da avaliação, a minha mãe para o Hospital de........

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