Nem às paredes e menos ao porteiro me confesso
Todos gostam de soundbytes. Uns marcantes e outros insignificantes. Nas últimas semanas, este Portugal abandonado no seu triste miserável fado, tem apanhado porradas fortes e elas têm sido causadas por homens, governantes e chefe de Estado, que não têm desempenhado, com dignidade, as funções para as quais foram eleitos. Para maio de 2025, novas legislativas se avizinham. Todavia, bem se sabe que o resultado das legislativas mais recentes, foram espelho da “confiança” que os eleitores depositaram nos eleitos. A saber: no atual primeiro-ministro, ainda líder do PSD – o resultado foi de 28,02%, 6 473 789 – de um universo de cidadãos eleitores de 10 818 226, dos quais apenas votaram 59,84%, conseguindo, apesar da coligação, 77 deputados. A fonte é oficial e está aqui; já sobre o polémico e “instável” Presidente da República, origem de polémicas, todas absolutamente desnecessárias, os resultados foram os seguintes, ainda mais baixos que as legislativas, com um universo de 4 262 672 votantes para 10 864 327 inscritos, ou seja a taxa de abstenção de 60,76%. Se o primeiro mandato foi menos mau, o segundo foi péssimo, tendo desempenhado um papel de grande fomentador de crises e incentivo às instabilidades. Se fosse vivo, Belmiro de Azevedo teria ajudado a que o mandato II de Marcelo não tivesse vingado. Uns anos antes da sua eleição, afirmou sobre ele: “Marcelo Rebelo de Sousa deveria ser eliminado. Não tem categoria. Que retirem a cadeira a esse senhor”.
Até agora, não tiraram. As intrigas aumentam. As polémicas “engrossam” e, consequentemente, envergonham a marca Portugal. Como as recentes e infelizes declarações, como se ele entendesse algo do que significa o Atlântico! Estrategicamente e, pior, tivesse algum poder para afirmar: “os nossos antigos aliados” a referir-se ao polémico, mas estratégico (economicamente falando) Presidente norte americano Donald Trump. Caso para recordar o antigo Rei D. Juan Carlos de Espanha: “por qué no te calas?”.
A memória revitaliza-se nestes momentos. E, entre outras coisas infelizes, a velha história do almoço, em entrevista a Paulo Portas, antigo diretor d’O Independente, “A história de Marcelo Rebelo de Sousa e da vichyssoise”. Aqui na sua versão cómica e gozada pelo Herman. Tal cena recheada da eterna mitomania, ficou de tal maneira famosa, que levou alguns meios a sempre recordar e, o Observador a criar uma rúbrica com aquele nome. Os........
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