Há um desconforto antigo, que se disfarça de debate moderno, sempre que uma mulher reclama o direito de ser — inteira, autónoma e livre. Esse desconforto reaparece com novas caras e entrincheirados em podcasts, fóruns e TikToks de autoajuda, onde se repete a velha máxima de que o valor do homem se mede pelo poder que tem sobre os outros, e sobre a mulher.

Vivem em loop. Disfarçados de líderes, coachs e alphas, repetem entre si mantras de força vazia. Não é apenas um acaso algorítmico, o discurso contra a emancipação feminina tem sido cuidadosamente cultivado e não apenas nas franjas da internet. Há hoje, em sectores que se afirmam conservadores ou “defensores da tradição”, uma........

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