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Terrorismo de extrema-direita: palhaçada do regime

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05.07.2025

Há semanas, as notícias divulgaram o desmantelamento de um grupo terrorista de extrema-direita com planos para assassinar uma figura grada do regime e tomar de assalto o Parlamento, um tipo de perigo iminente em Portugal desde 1974. Pela celestial qualidade das autoridades policiais e judiciais que, por antecipação, desmantelam sempre a violência tenebrosa da extrema-direita, aos portugueses resta o dever de se sentirem como qualquer sujeito a quem saísse o Euromilhões cinquenta anos consecutivos.

Regressemos aos anos 80-90 do século passado. De cada vez que as então novas claques de futebol dos três clubes grandes provocavam distúrbios, jornalistas, comentadores e especialistas nas televisões, rádios e jornais (à época em papel) alertavam o bom povo para a ameaça perigosíssima dos skinheads, os cabeças-rapadas. Eram de imediato descodificados como neonazis, neofascistas, neossalazaristas e a sua infiltração entre os amantes da bola do Benfica, Porto ou Sporting era a máscara, a mera porta de entrada para destruir a democracia e a caminhada gloriosa da III República Portuguesa rumo ao paraíso socialista, como determinava a Constituição.

Anos e décadas passaram e ficou claríssimo que essa guerra contra o terrorismo de extrema-direita flutuava ao sabor do calendário de jogos da então primeira divisão. Depois descansava entre a última........

© Observador