Charlie Kirk: Cinco factos e cinco interpretações
Primeiro facto. Charlie Kirk, norte-americano de 31 anos, foi assassinado por Tyler Robinson, seu compatriota de 22 anos.
Segundo facto. Vítima e assassino pertencem a famílias cristãs conservadoras, ambas próximas do MAGA (Make America Great Again), movimento social de direita criado por Donald Trump que alargou a base social de apoio do Partido Republicano ou GOP (Grand Old Party).
Terceiro facto. A vítima, Charlie Kirk, é uma figura central da vida política, pelo que o crime tem relevância social. O enquadramento é a sociedade norte-americana fragmentada entre a direita conservadora (GOP/MAGA) e a esquerda progressista (Partido Democrata), contexto que condiciona as atitudes e os comportamentos quotidianos dos indivíduos numa ou noutra tendência.
Quarto facto. Desde a adolescência, a vítima ampliou na vida social a identidade cristã conservadora de direita que partilha com a sua família. Foi por ela que Charlie Kirk se transformou em figura pública até ser assassinado aos 31 anos. Nesse percurso de vida, não se detetam dissonâncias entre as duas instituições nucleares que preparam os indivíduos para a vida desde a infância e no mínimo até ao final da adolescência: família (espaço privado) e escola/universidade (espaço público/socialização).
Quinto facto. O ato que tornou o criminoso figura pública transporta o choque frontal entre, por um lado, a sua instituição nuclear familiar cristã conservadora e, por outro lado, a sua socialização onde a escola/universidade desempenhou o papel de instituição nuclear. Nos dias precedentes ao crime foram os progenitores........
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