E sobre floresta, nada?
Escrevo este texto no dia 25 de agosto, quando (pelo menos a esta hora) não existe nenhuma ocorrência de incêndios rurais digna de nota. Hesitei escrevê-lo, sabendo que corro o risco sério de ser mal-interpretado, mas sobretudo sabendo que é de uma profunda inutilidade. E não, não é sobre incêndios, pois da matéria nada sei, para além daquilo que vou lendo e escutando daqueles que dominam o assunto. Este escrito é mesmo sobre floresta. Essa floresta que tem o dom da ubiquidade, pois está lá antes dos incêndios, e continua quase sempre por lá depois deles. Mais destruída, menos cuidada…mas continua por lá.
Bem sei que discutir floresta em época de incêndios, mesmo que seja num intervalo, tem tanta freguesia como discutir patinagem artística durante um campeonato do mundo de futebol. Seria, no entanto, e sem desprimor para a patinagem artística, muito importante que a floresta ganhasse centralidade política nesta época, porque fora dela … também não tem nenhuma. E é pena, pois é a ausência de uma Política Florestal robusta que ajuda a explicar muito daquilo a que vamos assistindo em matéria de incêndios. Não é a única “ausência notada”, mas é uma ausência muito notória.
Começo pelo fim. Como sabemos, o organismo da administração pública que........
© Observador
