O telemóvel na escola vista por professor que não o dispensa
Decorreu na semana passada o exame nacional de Física e Química A (FQA), a minha disciplina. Cada estudante que se apresentou a exame teve de passar por mais de 400 aulas distribuídas por dois anos letivos, estudou assuntos tratados em quatro manuais escolares, para cima de mil páginas de papel impresso, participou em duas dúzias de atividades laboratoriais obrigatórias e lidou com centenas de exercícios de aplicação. Nos dias que correm, aprender é uma obra grande. É uma empreitada, concluir a escolaridade obrigatória.
Talvez seja suficiente estar atento na maioria das aulas para conseguir obter 10 valores no exame nacional de FQA, quiçá 11. Com esforço, incluindo o esforço das famílias que pagam explicações extra, é possível chegar ao 12, 13, vá lá, 14. Falo, evidentemente, de situações que não fogem à norma e uso a minha experiência de 27 anos de ensino e o contacto com milhares de alunos que se apresentaram a exame. Daí........
© Observador
