Para proteger a saúde pública, a UE tributa as soluções
Tentar deixar de fumar tornou-se, em muitos casos, um acto punido fiscalmente. As alternativas de risco reduzido, como os vapes e os pouches de nicotina, são cada vez mais tratadas como inimigas públicas, alvo de novas taxas e regulações. Ao mesmo tempo, e de forma quase surreal, a União Europeia continua a subsidiar, com fundos comuns, o cultivo de tabaco tradicional.
A União Europeia parece estar prestes a concretizar uma das suas maiores contradições e hipocrisias: aumentar ainda mais os impostos sobre os produtos que ajudam os fumadores a deixar o tabaco tradicional.
Com o seu cunho profundamente proteccionista, Bruxelas continua a sustentar que todos os seus regulamentos visam o bem-estar e a saúde dos europeus. No entanto, independentemente da adequação da intervenção estatal sobre as escolhas individuais que, num regime verdadeiramente liberal, não deveria existir, há contradições que não podem ser ignoradas. Estas regras revelam-se, na prática, mecanismos de arrecadação fiscal, cujo fim é financiar tudo… menos os interesses do indivíduo.
Essencialmente, as soluções de risco reduzido como os vapes, os pouches de nicotina e os dispositivos de tabaco aquecido, a que recorrem milhões de Europeus para tentar abandonar o tabaco tradicional, são agora fiscalmente equivalentes ao tabaco tradicional apesar dos Estudos que comprovam que esta solução é menos danosa para a saúde pública.
É, no entanto, impossível ignorar uma das maiores incoerências da União Europeia:........
© Observador
