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O voto electrónico no Benfica

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04.09.2025

O acto eleitoral que se avizinha no Sport Lisboa e Benfica, anunciado para 25 de Outubro, trouxe novamente o tema do voto electrónico para a ordem do dia. É conveniente recordar que decorreu um processo estatutário durante a segunda metade de 2024, que culminou com a aprovação por mais de 91% dos mais de 8 mil sócios que o referendaram a 8 de Março de 2025.

Nem todos os proto-candidatos às próximas eleições participaram activamente nesse processo estatutário e desatentos que estavam tentam exumar o cadáver do voto electrónico, que no artigo 48º dos novos estatutos determina que só poderá ser usado se existir unanimidade entre todas as candidaturas.

Talvez a maioria dos sócios do Benfica que não acompanhou este processo estatutário, nem processos eleitorais passados, pergunte agora: «Então, mas o voto electrónico não permite aumentar o número de votantes? Não vai permitir a mais sócios votar?».

A resposta a esta questão não é simples. A universalidade do voto está garantida pelas múltiplas mesas de votos disponíveis em Portugal Continental e, em futuras eleições, terão de existir mesas nas Regiões Autónomas. A prioridade deve ser garantir umas eleições íntegras, e onde o voto de cada sócio do Sport Lisboa e Benfica seja ao mesmo tempo confidencial.

O voto electrónico tem um histórico no Benfica desde 2006, onde ocorreram mentiras [1] sobre o papel da Comissão Nacional de Eleições desmentidas [2] pela própria. Nas eleições de 2020, exactamente por já existir uma forte desconfiança que o voto electrónico podia beneficiar a candidatura incumbente, foi implementado o depósito da impressão do voto electrónico em urna, para que fosse possível confirmar o resultado no final da votação. No entanto, ao final da noite eleitoral de 28 de Outubro de 2020, as urnas foram retiradas sem que todas as candidaturas tivessem a oportunidade de ver com os próprios olhos qualquer contagem de votos.

Foi evidente o grau de desonestidade e a premeditação de quem tinha a responsabilidade de organizar as eleições de 2020 – Virgílio Duque Vieira, o presidente da Mesa da Assembleia Geral em substituição – uma vez que as candidaturas foram avisadas de que os votos não seriam contados nos diversos locais onde a votação decorreu à vista de todos. As candidaturas de João Noronha Lopes e Rui Gomes da Silva comunicaram [3][4] inclusivamente sobre........

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