No presente contexto mundial anunciando uma mudança de época– nomeadamente pondo em causa, por um lado, a ainda reinante globalização, e por outro, a estabilidade razoavelmente assegurada por uma rede de instituições criadas pelos vencedores da« Guerra civil europeia» de 39 a 45 -, é bem visível uma omnipresente instabilidade que se traduz na triste multiplicação de tragédias locais ou regionais que o Papa Francisco qualificou de «terceira guerra mundial aos bocados».

Note-se que, paradoxalmente, esta situação pluri-acidentada ganhou força a partir da queda da URSS e da então apregoada vitória definitiva do regime democrático representativo, do Estado de Direito, da economia de mercado, do respeito pelas minorias : em suma, de um sistema fundamentado na capacidade de cada um para, em liberdade e em colaboração com os demais, decidir sobre o presente e futuro das suas vidas.

Havia então, neste ( confuso) Ocidente que somos, a convicção generalizada de que o amanhã consistiria essencialmente na gestão serena, e consolidação, de um quotidiano buscando menos desigualdades entre as pessoas e um maior grau de harmonia entre os povos: diante do claro descalabro da opção comunista,........

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