Seguro podia ser a salvação do PS
Há momentos assim em que estados, instituições, partidos políticos decidem suicidar-se. É o caso do PS que há décadas entrou num lento declínio, primeiro imperceptível, depois surpreendente, agora óbvio. De uma falência intelectual nascida no pós-guerra fria até à pesada derrota de Maio último, os avisos foram-se acumulando. Os sinais estavam à vista de quem os quisesse ver. Perdidas as causas laborais, o PS não percebeu que a melhor forma de proteger o seu eleitorado seria através da reforma do Estado social. A consequência foi uma bancarrota evitada à última da hora com uma ajuda externa pedida e subscrita pelos socialistas, mas à qual o PS depois se opôs.
Como nas mortes anunciadas (e esperadas) é normal que surjam momentos de uma melhoria aparente que pode ou não dar em euforia. No caso do PS deu mesmo, como vimos nos governos de António Costa. Uma euforia fatal não fosse a finta eleitoral de António Costa em 2015 ter aberto tantas feridas. Na verdade, nunca saberemos se o CH........
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