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A lista

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18.07.2025

Na nação prestes a parar para banhos, instalou-se há dias o clamor: o líder do partido populista foi ao Parlamento recitar os nomes (estrangeiros) que, alegadamente, constituiriam todo o livro de ponto de uma sala de aula de certa escola algures em Lisboa. Fê-lo dizendo apenas os nomes próprios, mas, antes, já uma deputada destacada desse mesmo partido tinha declamado o mesmíssimo inventário num vídeo nas redes sociais e, dessa vez, facilitando também os apelidos. A indignação instalou-se: ali mesmo, em São Bento, com a revolta e até a comoção de outras bancadas, e um pouco por toda a opinião pública. Infelizmente, ou muito nos enganamos ou este será apenas mais um caso exemplar do porquê da contínua ascensão daquele partido, perante a igualmente contínua, mas cada vez mais inexplicável perplexidade geral.

Não restam dúvidas quanto ao modus operandi do populismo. Não se faz isto a cidadãos, justamente, anónimos, sem a menor oportunidade de responderem em igualdade de circunstâncias – muito menos quando se trata de crianças, sem qualquer responsabilidade no assunto em que, de repente, se vêem envolvidas. Por outro lado, que diríamos nós se alguém fizesse o mesmo noutro parlamento, noutro país – digamos, uma........

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