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A existência, agora em chinelos de praia

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08.08.2025

Só há dois tipos de pessoas quando chega a hora de ir de férias – atenção, isto é muito importante, por exemplo, quando se trata de escolher companheiro para casar. Esqueçam os signos, a diferença de idades, os níveis académicos, socio-económicos, os interesses em comum, ouvir a mesma canção ou um ser do jazz de fusão e outro do reggaeton. Há os super-interessantes e os sem interesse algum. Os aventureiros, coleccionadores de histórias e lugares e os que sonham com uma semana em que ninguém os chateie. Enfim, os apaixonados pelo novo, pela descoberta, pelo mundo, conscientes de que só se vive uma vez e que o tempo é o bem mais precioso que temos, e os que sim, senhor, isso é tudo bonito, mas agora posso acabar o meu livro? Como é óbvio, estamos aqui para defender, de alma, coração e braçadeiras, os segundos – desde que não nos obriguem a ir para muito longe.

Vivemos numa sociedade hiper-positiva. Ao mesmo tempo que lemos umas coisas ou vemos uns vídeos de um minuto sobre a importância do equilíbrio, da harmonia dos contrários, das filosofias orientais do yin e do yang, princípio passivo e activo, ou de como os hindus têm entre as suas divindades centrais Vishnu e Shiva, deus da construção e deus da destruição, e ambos, para nossa perplexidade, são necessários e bons, fazemos........

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