O período de 2024 – 2025 está associado ao cinquentenário da celebração das duas publicações seminais que desvendaram e descrevem a radiação de Hawking. Nomeadamente, ver em https://www.nature.com/articles/248030a0 e https://link.springer.com/article/10.1007/BF02345020, a última com um conteúdo mais técnico. O ‘efeito de Hawking’, como o resultado revolucionário também é conhecido, é um dos marcos científicos do século XX. Essencialmente, por meio de uma fórmula envolvendo a velocidade da luz, a constante de Boltzmann (que se emprega em física estatística (e se pretendido, em termodinâmica)), a constante da gravitação universal (de Newton) e a constante de Planck, na qual assenta a génese da física quântica, Stephen Hawking demonstrou que um buraco negro emite radiação (antes, acreditava-se que nada poderia escapar à sua intensíssima força gravitacional, nem mesmo a luz (’definição’ de buraco negro)). Essa radiação é caracterizada por uma temperatura (designada de ‘temperatura de Hawking’), a qual é inversamente proporcional à sua massa (por exemplo se a massa do buraco negro se reduzir de 4 para 2, a temperatura poderia aumentar de 25 para 50). Dito de outra forma, os buracos negros, afinal, não são completamente negros.

Sucede que 2025 é também o ano internacional da Física Quântica (https://quantum2025.org/), a qual se desenvolveu desde o celebérrimo contributo de M. Planck, seguindo-se muitos outros por A. Einstein, N. Bohr, W. Heisenberg, L. de Broglie, E. Schrödinger, P. Dirac, W. Pauli, M. Born, por exemplo. Destaquemos resultados significativos, tais como a quantização da energia, o efeito fotoelétrico, a dualidade onda-partícula (i.e., possuir propriedades tanto de partículas quanto de ondas), o princípio da incerteza (impossível medir simultaneamente com exatidão a posição e a velocidade), efeito de túnel (atravessar barreiras, algo que na física clássica seria impossível), que possibilitaram tecnologias inovadoras que........

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