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O arrependimento que mata

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Em entrevista à CNN Portugal, a antiga ministra da Saúde Marta Temido veio assumir o seu arrependimento por ter apresentado a demissão ao então primeiro-ministro, António Costa, justificando com o facto de considerar agora que, tendo continuado, poderia ter feito mais pela saúde em Portugal.

O arrependimento da atual eurodeputada do PS, com a argumentação aduzida, tem implícita, desde logo, uma crítica direta ao trabalho do seu sucessor na pasta, Manuel Pizarro. Já que se presume que Marta Temido não estava a falar da sua autoestima e realização pessoal, mas do Serviço Nacional de Saúde e dos utentes em geral – ou seja, para a ex-ministra, a sua continuidade no Governo teria sido melhor para o SNS e para os portugueses do que a sua substituição por Pizarro.

Mas Marta Temido demitiu-se na sequência da morte de uma grávida em transporte entre dois hospitais. E fez mal.

Ainda na mesma entrevista, a antiga governante qualificou a situação atual do SNS como «muito mais grave» do que a que se vivia quando abandonou o cargo, mas considerou que a demissão de Ana Paula Martins não resolveria os gravíssimos problemas do setor. Tem razão.

Uma das causas dos gravíssimos problemas do Serviço Nacional de Saúde são os preconceitos........

© Jornal SOL