A evolução dos Santos Populares
Mês de junho é sinónimo de Santos Populares. Uma autêntica romaria para festas e festinhas, ruas e ruelas cheias de música, sardinhas e muita animação. Em Lisboa, resultado de dois feriados na mesma semana (10 e 13 de junho), muita gente optou por ir para fora, gozar as primeiras férias. Fica quem não tem outra alternativa, quem não tem posses para mais ou quem se envolve direta ou indiretamente no fenómeno cultural. O panorama não foi diferente dos últimos anos. Gente que parecia nunca mais acabava, poucas casas de banho e condições parcas para albergar o povo que sai à rua. Nos hotéis um registo algo estranho, a procura não foi a esperada o que demonstra a pouca adesão de turistas, o que não significa que não estivessem muitos estrangeiros que por cá vivem cada vez em maior quantidade. Ou seja, quem povoou as ruas da nossa capital foram sobretudo pessoas que por cá vivem ou viveram ou cá têm amigos e vão sabendo do que se passa de forma mais direta. O que nos leva para um problema.
Será que estamos a comunicar bem as nossas festas mais tradicionais? Não há dúvida nenhuma que as pessoas gostam do produto e que cada vez mais se procura a autenticidade, os eventos culturais de cada país e a essência dos povos. Mas é preciso ter capacidade e criatividade para chegar ao público-alvo e ter condições asseguradas para saber receber com ofertas bem diversas e que possam criar condições para que se deixe mais dinheiro no destino. Veja-se o caso do Carnaval no Rio de Janeiro que é hoje provavelmente a maior festa do mundo ou por cá na Europa, o Oktoberfest a festa da cerveja em Munique, na Alemanha. São eventos globais que fazem girar a economia e alavancam o comercio local. Existem em ambos os casos pacotes de viagem que incluem entradas em festas ou lugares em camarotes pagos a preço de ouro, no caso brasileiro existe até a possibilidade de fazer parte da própria festa e sambar no Sambódromo da........
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