Cancro Digestivo: Prevenir e rastrear para salvar vidas
O cancro é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os tipos de cancro mais frequentes são o cancro do pulmão (12,4%), mama (11,5%), colorretal (9,6%), próstata (7,3%), estômago (4,8%) e fígado (4,3%).
Em termos de mortalidade, os mais letais são o cancro do pulmão (18,7%), colorretal (9,3%), fígado (7,8%), mama (6,8%) e estômago (6,8%).
O impacto do cancro digestivo é particularmente expressivo, com mais de 350.000 mortes anuais na Europa devido aos cancros colorretal, gástrico, pancreático e hepático.
Para reduzir a incidência e mortalidade destes tumores, é fundamental a prevenção, por meio da redução dos fatores de risco, e o diagnóstico precoce, alcançado através de programas de rastreio eficazes. O rastreio pode ser organizado e monitorizado, dentro de programas estruturados, ou realizado de forma oportunística durante consultas clínicas.
Em Portugal, existem três programas de rastreio oncológico de base populacional: cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro do cólon e reto, que é o cancro digestivo mais frequente. No rastreio do cancro colorretal, são elegíveis todos os adultos assintomáticos entre os 50 e 74 anos.
O processo inclui inicialmente a realização de um teste imunoquímico para pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF). Se o resultado for negativo, o teste é repetido passados dois anos. Se o teste for positivo, o utente deve ser rapidamente submetido a uma colonoscopia para detetar e, quando possível, remover lesões precursoras (também designados de........
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