Medo sob os pilotis
O crime ocorrido na 411 Norte, na madrugada do sábado passado, não é um episódio isolado nem um ponto fora da curva. Ele sintetiza, de forma brutal, a sensação crescente de insegurança que hoje permeia a Asa Norte. Ainda que estatísticas oficiais apontem oscilações ou até quedas em determinados indicadores, como costumam enfatizar os responsáveis pelo policiamento na região, o cotidiano dos moradores conta outra história. A violência deixou de ser exceção e passou a integrar a paisagem urbana, moldando hábitos, restringindo deslocamentos e corroendo a confiança no espaço público.
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O estupro seguido de tentativa de feminicídio, praticado sob os pilotis de um prédio residencial e gravado pelo sistema de vigilância eletrônica, expõe fragilidades que vão muito além da ação individual de um agressor. A violência durou cerca de 15 minutos, em plena madrugada, cercada por apartamentos ocupados. Ainda assim, a vítima enfrentou o que se pode chamar de um grito no vácuo: pessoas perceberam a agressão, fecharam janelas e a ajuda só chegou horas depois. Não se trata aqui de distribuir culpas........





















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