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O desafio do desodorante e o chamado por um pacto coletivo

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15.05.2025

Suelen Valenteprofessora da Faculdade de Comunicação da UnB (FAC-UnB), pesquisadora do projeto Letramento Transmídia, Práticas Comunicacionais e as Realidades Brasileiras. Renata Othon e Carina Flexor professoras da FAC-UnB. Respectivamente, pesquisadora e coordenadora do projeto Letramento Transmídia, Práticas Comunicacionais e as Realidades Brasileiras

Somos docentes do campo da comunicação, com acesso às discussões mais atuais sobre as mídias digitais e seus impactos sobre o tecido social. Entretanto, antes da dedicação ao ensino, à pesquisa e à extensão universitária, nos empenhamos ao árduo — e prazeroso — ofício de sermos mães. Mães que observam com atenção, e, muitas vezes, com angústia, as transformações que atravessam as infâncias em tempos de telas.

Investigamos os efeitos das plataformas mediadas por algoritmos e as lógicas da economia da atenção que, notadamente, têm fisgado todos nós — inclusive as nossas crianças. Entretanto, nossas vivências mais profundas nascem do chão da sala de nossas casas, do parquinho e das conversas antes de dormir. É desse lugar duplo — da ciência e do cuidado — que partimos para refletir sobre os modos de brincar que emergem em um mundo mediado pelas tecnologias.

O isolamento social decorrente da pandemia mergulhou as crianças nas telas, forçando-as a reinventar brincadeiras e modos de socialização. Sentimos ali que brincar salva. É por meio da brincadeira que a criança experimenta, elabora, cria vínculos; é brincando que ela desenvolve sua relação com os outros e consigo........

© Correio Braziliense