EaD: polarização e a necessidade de evolução nos modelos de aprendizagem
CARLOS LONGO, reitor da Universidade Católica de Brasília (UCB) e vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed)
A educação brasileira vive um paradoxo. Enquanto o mundo avança em modelos híbridos e disruptivos, nós ainda discutimos se o ensino a distância (EaD) "presta" ou não, como se fosse uma simples partida de futebol. Criou-se um consenso perigoso de que a polarização é mais relevante do que o pensamento crítico e a evolução científica. Passamos mais de um ano debatendo se o novo marco regulatório do EaD restringe ou libera, mas pouco refletimos sobre o momento crucial que vivemos na educação superior.
O contexto agrega a falácia da guerra entre EaD e presencial. De um lado, os que preveem o fechamento de universidades e o abandono dos menos favorecidos sem o EaD. De outro, os "defensores da qualidade" afirmam que a modalidade a distância não forma bons professores ou profissionais da saúde — mesmo que, na realidade, não existam cursos 100% EaD nessas áreas no Brasil. Enquanto isso, perdemos tempo valioso em um Fla-Flu de........
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